São Domingos de Henares

    Nascido em Caleruega (Espanha), por volta de 1172-73, estudou Teologia em Palência e aí se distinguiu na sua compaixão pelos pobres. Cônego de Osma, progrediu na oração e na prudência do governo como subprior (1201). Tornou-se um zeloso pregador (1206) na região de Tolosa (França) perturbada pela heresia. Com a aprovação de Inocêncio III, instituiu uma nova maneira de propor a fé, através do exemplo duma pobreza evangélica e do diálogo fraterno sobre a doutrina. Dando grande importância à participação das mulheres na obra da evangelização, fundou um mosteiro para elas em Prouille (1206), que poderia ser um lugar para se aperfeiçoarem e, para os pregadores, um auxílio, e até um refúgio, conforme as circunstâncias.
     
    Recebendo nas suas mãos a entrega de alguns companheiros “para a pregação de Jesus Cristo”, constituiu a primeira fraternidade conventual em Tolosa (1215), lançando assim os fundamentos de uma nova Ordem. Acrescentando a característica apostólica à vida canonical sob a Regra de Santo Agostinho (1216), tomou para si e para a Ordem o ministério da Palavra, que então era reservado aos bispos. Honório III aprovou-o, em 22 de dezembro de 1216. Certificado depois (18 de janeiro de 1217), em Roma, da missão universal da sua Ordem, confiante na graça divina e apoiado no patrocínio da Virgem Maria, dispersou os irmãos por toda a Euroa (15 de agosto de 1217), sobretudo por Paris e Bolonha, então os principais centros de estudo, reservando para si a onerosa missão na região norte da Itália, contaminada pela heresia cátara.
     
    “Falava sempre com Deus” para assim, poder falar mais eficazmente “de Deus”. Enquanto, com uma calorosa pregação, entregava os homens a Deus, com a força da oração, conduzia-os a Ele. “Apresentava-sem em toda a parte como um homem evangélico pela palavra e pelas obras. Ninguém mais sociável com os irmãos e companheiros, ninguém mais alegre e exímio consolador.” Morreu a 6 de agosto de 1221, em Bolonha. Foi canonizado a 3 dejulho de 1234, por Gregório IX, que convivera fraternalmente com ele quando era cardeal de Óstia Tiberina.

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